A escolha por uma carreira pode suscitar muitas dúvidas. Em primeiro lugar, porque nós gostamos de muitas coisas diferentes ao mesmo tempo e é comum, na hora de ter que definir um caminho a seguir, ficarmos com muitas indagações sobre qual é o melhor caminho.
Em segundo lugar, vem o fato de em nossa educação sermos muito exigidos a conhecer um pouco de tudo, mas poucas vezes sermos levados a nos conhecer. O autoconhecimento deveria ser mais valorizado, pois é através desse conhecimento de si que vamos adquirindo mais clareza sobre as nossas fragilidades e potencialidades, além de um maior controle sobre as nossas emoções, o que é fundamental em qualquer ambiente de trabalho.
Mas, voltando à escolha da carreira, alguns pontos merecem consideração:
1.É preciso diferenciar hobbies e trabalho. Embora algumas pessoas trabalhem e vivam de seus hobbies, essa não é a regra. Por exemplo, o fato de uma pessoa gostar muito de cozinhar não significa que sua melhor opção de trabalho seja na área de gastronomia. Ou, o fato de uma pessoa gostar muito de ficar no computador não significa necessariamente que ela deva estudar ciência da computação. O contrário é verdadeiro. Ou seja, para estudar gastronomia a pessoa tem que gostar muito de cozinhar e para estudar ciência da computação a pessoa tem que gostar muito de computadores.
2.A escolha necessariamente remete a pessoa a um projeto de vida. Isso inclui estilo de vida que quer ter, local onde pretende morar etc.
3.A influência da família. Por mais que os familiares não pressionem por uma carreira específica, atuam conosco como se esperassem algo. Às vezes não nos damos conta, mas acabamos usando essa expectativa como parâmetro da escolha.
4.Suas aptidões. Reconhecer os tipos de atividades ou trabalhos em que se sai melhor é uma boa pista a seguir. Tendemos a gostar mais das atividades em que temos maior facilidade e desenvoltura.
5.Conhecer ao máximo as profissões que despertam interesse. O maior erro é escolher por impulso, movido por “achismos” ou preconceitos.
Recomenda-se que quando a dúvida se faz presente e coloca em risco uma decisão tão importante, a pessoa procure a ajuda de uma orientadora vocacional/profissional. Esse cuidado evita que se perca tempo e dinheiro, pois a quantidade de pessoas que iniciam cursos e param antes do seu final, por não se identificar com eles, é enorme.